A pesquisa
desenvolvida, no que tange o conceito de escola, ensino e aprendizagem, foi
elaborada através de fontes de teoria de Vygotsky. Essa escolha dá-se ao fato
dele ter realizado estudos sobre a infância e atribuir ao social, e
conseqüentemente, à linguagem e a educação, papel decisivo na formação do ser
humano, principalmente nos anos iniciais.
Vygotsky estruturava seu conhecimento dentro de uma proposta
interdisciplinar. Para ele a aprendizagem é um processo social e, por isso,
deve ser mediada. Nessa concepção, o papel da escola é orientar o trabalho
educativo para estágios de desenvolvimento ainda não alcançados pelo aluno,
impulsionando novos conhecimentos e novas conquistas a partir do que já sabe,
constituindo uma ação colaborativa entre o educador e o aluno.
Lev de
Seminovivh Vygotsky, viveu apenas 37 anos. Nasceu em 17 de novembro de 1896 em
Orsah, capital da Bielo-Russia, região dominada pela Rússia descendentes de
judeus, era de uma família de boas condições econômicas. Até os 15 anos sua
família educou em casa, com tutores particulares. As 18 anos tentou ser médico,
entrando no curso de medicina em Moscou, mas se formou em direito. De volta a
terra natal em 1917 lecionou literatura, estética e história da arte e fundou
um laboratório de psicologia, graças a sua cultura enciclopédica, seu
pensamento inovador e sua intensa atividade, ganhou destaque, tendo produzido
mais de 200 trabalhos científicos.
Casou com Roza
Smekhova e tiveram duas filhas. Autor de grande importância para a educação,
que vem sendo estudado muito atualmente e que possui uma característica
interessante em sua teoria, a histórico-cultural, para o professor de línguas.
Ele atribui extrema importância à linguagem e aos símbolos no processo de
desenvolvimento da inteligência humana. O seu interesse pela Psicologia levou-o
a uma leitura crítica de toda produção teórica de sua época, nomeadamente as
teorias da "Gestalt", da Psicanálise e o "Behaviorismo",
além das ideias do educador suíço Jean Piaget.
A experiência
vivida na formação de professores levou-o ao estudo dos distúrbios de
aprendizagem e de linguagem, das diversas formas de deficiências congênitas e
adquiridas, a exemplo da afasia.
Em menos de 38 anos de vida, Vygotsky conheceu momentos políticos
drasticamente diferentes, que tiveram forte influência em seu trabalho. Nascido
sob o regime dos czares russos, Vygotsky acompanhou de perto, como estudante e
intelectual, os acontecimentos que levaram à revolução comunista de 1917. O
período que se seguiu foi marcado, entre outras coisas, por um clima de
efervescência intelectual, com a abertura de espaço para as vanguardas
artísticas e o pensamento inovador nas ciências, além de uma preocupação em
promover políticas educacionais eficazes e abrangentes. Logo após a revolução,
Vygotsky intensificou seus estudos sobre psicologia. Visitou comunidades
rurais, onde pesquisou a relação entre nível de escolaridade e conhecimento e a
influência das tradições no desenvolvimento cognitivo. Com a ascensão ao poder
de Josef Stalin, em 1924, o ambiente cultural ficou cada vez mais limitado.
Vygotsky usou a dialética marxista para sua teoria de aprendizado, mas sua
análise da importância da esfera social no desenvolvimento intelectual era
criticada por não se basear na luta de classes, como se tornara obrigatório na
produção científica soviética.
Faleceu em
Moscou, em 11 de junho de 1934, vítima de tuberculose, doença com que conviveu
durante quatorze anos.
Em 1936, dois anos após sua morte, toda a obra de Vygotsky foi censurada
pela ditadura de Stalin e assim permaneceu por 20 anos.
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