quinta-feira, 10 de maio de 2012

Por dentro do Socioconstrutivismo...

Adolescentes fazendo trabalho escolar




Neste método, o aprendizado não se subordina ao desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas um se alimenta do outro.




O que diz: ele foca a inte­ra­ção. ­Segundo ­Vygotsky, todo apren­di­zado é neces­sa­ria­mente ­mediado – e isso torna o papel do ­ensino e do pro­fes­sor mais ativo. O apren­di­zado não se subor­dina ao desen­vol­vi­mento das estru­tu­ras inte­lec­tuais da ­criança, mas um se ali­menta do outro, pro­vo­cando sal­tos qua­li­ta­ti­vos de conhe­ci­mento. O ensino deve se ante­ci­par ao que o aluno ainda não sabe nem é capaz de apren­der sozi­nho. É a isso que se ­refere um de seus prin­ci­pais con­cei­tos, o de "zona de desen­vol­vi­mento pro­xi­mal", que seria a dis­tân­cia entre o desen­vol­vi­mento real da ­criança e ­aquilo que ela tem poten­cial de apren­der, ou entre "o ser e o tor­nar-se". 



Onde está o foco: na inte­ra­ção. É na rela­ção aluno-pro­fes­sor e aluno-aluno que se pro­duz conhe­ci­mento. 


Qual é o papel do pro­fes­sor: ele atua como media­dor entre o aluno, os conhe­ci­men­tos que este pos­sui e o mundo. 

Como se ­aprende: obser­vando o meio, ­entrando em con­tato com o que já foi des­co­berto e orga­ni­zando o conhe­ci­mento junto com os ­outros (pro­fes­sor e turma).



Como se intro­duz um novo con­ceito: se as crian­ças vão apren­der sobre doen­ças, por exem­plo, pri­meiro o pro­fes­sor as coloca ­diante de pro­ble­mas para que os resol­vam com o que já sabem e mos­tra a elas a neces­si­dade de novos sabe­res, que terão de encon­trar de dife­ren­tes for­mas. Então, ele as auxi­lia nesse pro­cesso de busca de novos conhe­ci­men­tos. Eles podem tanto ir entre­vis­tar um ­médico (o pro­fes­sor orien­tará a turma sobre como fazer uma entre­vista), como con­sul­tar um livro ou a inter­net. 



Quais são os refle­xos na sala de aula: há mais cola­bo­ra­ção e tra­ba­lhos em grupo. Parte-se do conhe­ci­mento coti­diano para se che­gar à pro­du­ção de conhe­ci­mento. O pro­fes­sor pro­põe tare­fas que desa­fiam os alu­nos. Erros são con­si­de­ra­dos parte do apren­di­zado – eles mos­tram ao pro­fes­sor como o aluno está racio­ci­nando. Os con­teú­dos são apre­sen­ta­dos por temas: ­aprende-se sobre escra­vi­dão, por exem­plo, inves­ti­gando como ela se deu em ­vários perío­dos, e não neces­sa­ria­mente pela ordem cro­no­ló­gica. Uti­li­zam-se, para isso, mui­tos mate­riais: repor­ta­gens, fil­mes, etc. 


Que tipo de indi­ví­duo ­espera-se for­mar: pes­soas coo­pe­ra­ti­vas, que ­tenham com­pro­misso com o mundo e com o outro, que sai­bam tanto expor suas ­idéias ­quanto ouvir. Gente que não neces­sa­ria­mente terá um conhe­ci­mento enci­clo­pé­dico, mas que saberá como pro­cu­rar as infor­ma­ções que lhe fazem falta.



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